A VIDA EM MOVIMENTO

Desde a inauguração do Museu, existe um anseio por criar uma versão alternativa das tradicionais viagens de jovens a sítios históricos relacionados ao Holocausto, principalmente na Polônia.

O mais conhecido destes programas é a Marcha da Vida. Criada em 1988, ela leva milhares de jovens anualmente até o território polonês e refaz o caminho entre os campos nazistas de Auschwitz e Birkenau, que costumava ser feito a pé pelos prisioneiros, chamadas assim de “Marchas da Morte”.

Em Israel (e também no Brasil), o programa tem sido criticado por sua carga sentimental, além de um forte caráter nacionalista. Na perspectiva original da Marcha, a Polônia era vista como um grande cemitério, onde lápides e campos mostravam nada mais que as ruínas definitivas do extermínio. Em suma, não existiram poloneses na Polônia, apenas destroços. Eram visitas fúnebres, marcadas por um ritualismo particular.

Nos últimos anos, uma mudança de mentalidade tem partido de marchas alternativas. Percebeu-se, enfim, que há poloneses imersos no tema e dispostos a dialogar sobre memória, responsabilidade, tolerância e coexistência. As marchas para secundaristas e universitários têm buscado materializar a transformação de “morte” pela “vida” por meio de novos roteiros e uma concepção mais universal.

Dentro desta perspectiva, o Museu do Holocausto de Curitiba, em parceria com a Escola Israelita Brasileira Salomão Guelmann e a ES Travel, desenvolveu uma proposta que envolve alunos do 9° ano do Ensino Fundamental. O projeto tem o suporte pedagógico e logístico dos educadores André Wajnberg (Adama Israel Tours) e Raquel Orensztajn, ligada ao Vad Vashem. Com duração de 12 dias, o objetivo da viagem é proporcionar vivências relacionadas ao antes, o durante e o após a Shoá, com visitas in loco a espaços na República Tcheca, na Polônia e em Israel. Os locais foram selecionados em função da idade dos jovens, da relevância e do potencial pedagógico.

O projeto conta com capacitação prévia para a viagem, incluindo logística especializada e a presença de profissionais especializados e experientes, todos eles brasileiros.

Contatos sobre o projeto “A Vida em Movimento”:

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