EXPOSIÇÃO VIRTUAL

Em 8 de maio de 1945, a Alemanha nazista se rendia. Embora já houvesse nos meses anteriores sobreviventes do Holocausto que tivessem sido liberados de campos de concentração, saído de esconderijos ou voltado a utilizar suas verdadeiras identidades, o fim dos combates no cenário europeu da guerra significava, para muitos judeus, pela primeira vez em anos, a possibilidade de pensar no futuro. Construir famílias, carreiras profissionais, projetos políticos… finalmente o amanhã voltava aos pensamentos. Isso não significa, porém, que a opressão sofrida tenha ficado no passado.
O testemunho ético de Primo Levi, que, por meio de obras como É isto um homem, A trégua e Os afogados e os sobreviventes se tornou figura paradigmática de sobrevivente da Shoá, nos permite refletir sobre o Holocausto por meio de chaves de interpretação muito particulares.
A preocupação de não serem compreendidos ou mesmo levados a sério ao contar suas histórias é mencionada em Os afogados e os sobreviventes como recorrente entre os prisioneiros e campos de concentração. Como elaborar memórias traumáticas se sequer poderiam narrar suas experiências?
Edição extraordinária do Diário da Noite, São Paulo, 07 de maio de 1945.
Prato de porcelana de Maria Yefremov. Novi Sad, Iugoslávia (atual Sérvia), s.d.
Caderneta de Anotações de Sara Reiss, Landsberg am Lech, Alemanha, s.d.
Sara Gelhorn e sua filha, Tauba. Munique, Alemanha, 1946.
Casamento de David e Malka Lorber Rolnik. DP Camp de Tempelhof, Alemanha, 1946.
Kiwa Kozuchowicz e amigos. Landsberg am Lech, Alemanha, c. 1946-1948.
Ficha de registro de Refugiado emitido pela Força Expedicionária Aliada para George Legmann, 1945.
Cópia de Cartão de Identificação da ONU para Refugiados, Max Epelzwajg, 1948.
Documento temporário de viagem de David Lorber Rolnik. Munique, Alemanha, 1951.
Wanda Bandula atuando na Cruz Vermelha Internacional. Varsóvia, Polônia, 1945-1946.
Bina Klug em festa de Purim com as crianças da escola judaica de Bóras, Suécia, 1946. ArqShoah.
Hinda Laks Epelzwajg como enfermeira. Alemanha, s.d.
Certificado de boa conduta para fins de emigração. Munique, Alemanha, 1946.
Bilhete de passagem marítima, de Gênova, Itália, para o Rio de Janeiro. 1946.
Carta escrita da África do Sul para Adele e Gert Drucker. Curitiba, 1947.
Salvatore Licco Haim despedindo-se de um amigo ao deixar a Bulgária com a família, 1948.
Casal Ita e Joseph Hendler. Bari, Itália, 1946.
Maria e Edward Heuberger no navio para o Brasil, 1946.
Créditos
Abril 2025
Realização
Associação Casa de Cultura Beit Yaacov
Museu do Holocausto de Curitiba
Presidente
Miguel Krigsner
Coordenação-Geral
Carlos Reiss
Redação e Iconografia
Michel Ehrlich
Museologia e Acervo
Daiana Damiani
Isabella Lopes
Logomarca e edição
Rebeca Hyppolito
Revisão
Laura Nicolli
Tecnologia
Thiago Couto
Concepção de Arte
LeiteQuente – Comunicação e Provocação
Fotografias
Laura Nicolli
Rafaela Courbassier
Fotos históricas
United States Holocaust Memorial Museum, Photo Archives
Agradecimentos
Ana Eva Heuberger, Avraham Milgram (Tito), Blima Lorber, Bunia Finkiel Z”L, Eloiza Vasconcelos, George Legmann, Gert Drucker Z”L, Hana Kleiner, Jaime Ingberman, Locaweb, Lúcia Balassiano, Maria Lucia Voitech Neumann, Natália Gedanken, Noemio Hendler, Regina Guertzenstein, Renata Gedanken, Rosana Kozuchowicz Meiches, Salvator Haim, Szyja Lorber, Tauba Feldman.
